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este blog é dedicado aos estudos históricos. Por meio dele, espero contribuir um pouco mais com o conhecimento da História, não apenas para alunos, mas a todos a quem possa interessar!
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Segunda Guerra Mundial


Oi pessoal, bom dia! Como estão? Preparados para mais uma aula? Espero que sim e que estejam animados, pois, dando continuidade às nossas discussões, falaremos hoje sobre a Segunda Guerra Mundial.

Como vimos, o fim da Primeira Guerra Mundial foi marcado pela assinatura de uma série de Tratados de Paz que visavam garantir a paz mundial. No entanto, esse objetivo não foi mantido por muito tempo. Na verdade, a maior herança das reparações excessivamente penosas dos tratados pós-guerra, foi o ressentimento dos perdedores e “culpados” pela guerra. Assim, o considerado maior culpado pela Grande Guerra e que sofreu a maiores represálias, a Alemanha, nos aparece como a causa maior do desencadeamento da Segunda Grande Guerra. Segundo Hobsbawm, “em termos mais simples, a pergunta sobre quem ou o que causou a Segunda Guerra Mundial pode ser respondida em duas palavras: Adolf Hitler.” (Hobsbawm, 1994, p. 43)
Ao lado de uma Alemanha sedenta por redefinir os limites que lhes tinham sido impostos, estava uma Itália descontente por não ter obtido as compensações que esperava depois da guerra. Além disso, o Japão sentia, cada vez mais, necessidade de fortalecer e expandir seus domínios para, então, ocupar uma posição mais vantajosa entre as grande potências mundiais.
De um modo geral, a Segunda Guerra foi antecedida por um período de avanços das forças do Eixo que não deparavam com restrições do lado dos países que depois formariam as Forças Aliadas. A agressividade de uns e a passividade da maioria chegariam a um ponto em que se o lado passivo não agisse, a dominação totalitária atingiria níveis incontroláveis. Assim, o caminho percorrido até a guerra foi marcado pela audácia dos antigos “derrotados”, que viam a passividade dos “vencedores” como incentivo para continuarem avançando.
Em 1931 o Japão invadiu a Manchúria e a Liga das Nações nada fez contra o país invasor. Anos depois, a Itália começaria a avançar sobre os territórios que se achavam no direito de conquistar; foi o caso da Etiópia, invadida pelos italianos em 1935, que, por sua vez, também não sofreu intervenções nem represálias. Alemanha e Itália, motivados pela inação do restante do mundo, uniram forças para ajudar as forças franquistas na Guerra Civil Espanhola, em 1936-9. Temos, aqui, o início do Eixo Berlim-Roma, que seria acrescido posteriormente por mais um membro, tornando-se Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Nada parecia querer intervir na situação de expansão alemã, que em 1938 invadiu a Áustria e estropiou a Tchecoslováquia. A continuidade da não-intervenção foi incentivo para a ocupação da Tchecoslováquia pela Alemanha e da Albânia pelos italianos. A situação se agravaria ainda mais quando, em agosto de 1939, Hitler e Stalin assinaram um pacto de não-agressão e neutralidade, que atendia aos objetivos de anexar Estônia, Letônia, Lituânia e Finlândia à União Soviética em troca de garantir Dantzig aos alemães (lembram do “Corredor Polonês”?).
Não parecia haver forças que se dispusessem a impedir o avanço totalitário alemão e italiano na Europa e japonês no Pacífico. Isso até a invasão da Polônia por Hitler, que acabou levando Inglaterra e França a declarem guerra contra a Alemanha, dando início à Segunda Guerra Mundial que duraria de 1939 até 1945.
A ofensiva alemã, agindo pela Blitzkrieg (guerra relâmpago), avançou sobre a Dinamarca, Noruega, Países Baixos e Bélgica, conseguindo importantes vitórias e conquistas nessas regiões. Em seguida, as tropas se direcionaram para a França, conquistando Paris, em 1940, seguida da rendição francesa, ocupação militar pelos alemães e estabelecimento de um governo “fantoche” em Vichy.
Por outro lado, as tropas alemãs também abriram ofensiva contra os ingleses, principalmente, por meio do ataque aéreo. Não chegaram, entretanto, a conseguir grandes resultados, fora a morte de civis e destruição de algumas cidades inglesas. A Inglaterra também sofria derrotas, no norte da África, para forças italianas. A união das tropas alemãs e italianas garantiu a conquista e domínio de toda a região balcânica.
Até este momento a União Soviética não se manifestava contrária as ações alemãs, mantinha algumas poucas ofensivas contra o Japão, no leste, e deixava que o conflito no continente foi definido pelas decisões do Eixo, que basicamente tinha a oposição apenas da Inglaterra. Mas, a situação mudaria em 1941 quando as tropas hitleristas, quebrando o acordo germano-soviético, invadiram a União Soviética em busca de minérios, cereais e petróleo. A tática da Blitzkrieg daria certo num primeiro momento, mas, o grande número de soldados soviéticos, o vasto território e a resistência militar e civil acabaram por impor importantes e decisivas derrotas às tropas alemãs.
Por outro lado, os EUA, que também se mantinham fora do conflito, apenas fornecendo apoio à Inglaterra, entraram definitivamente para a guerra. A oficialização da entrada norte-americana se deu em dezembro de 1941, quando a base naval de Pearl Harbor (no Pacífico) foi atacada pelos japoneses. Assim como na Primeira Guerra, esse momento foi crucial para garantir a vitória dos aliados contra as forças do Eixo. Se até 1942 a expansão do Eixo Roma-Berlim-Tóquio era garantida pelos combates vitoriosos e conquistas de vastas áreas na Europa, África e Ásia; depois da entrada oficial dos EUA e avanço do Exército Vermelho (tropas da União Soviética) em direção a Berlim a situação se inverteria.
A primeira frente de luta dos Aliados era na União Soviética que, como vimos, começou a forçar a retirada das tropas alemãs que sofriam graves derrotas. As tropas soviéticas promoviam o recuo dos alemães e marchavam em direção a Berlim.
O cerco também começou a fechar-se contra a Alemanha na segunda frente dos Aliados, na Itália. Em 1943 um exército anglo-americano derrotou, no Egito, as tropas do Eixo, conseguiram entrar no território italiano e fez com que a Itália se rendesse e mudasse de lado na guerra, iniciando uma marcha em direção a Berlim, o centro do poder do Eixo.
A terceira frente aliada desembarcou na Normandia, com ajuda dos soviéticos, atacando as tropas alemãs no norte europeu. Conseguiram vitórias e se deslocaram para a Europa central, libertando Paris e se direcionando, em seguida, para Berlim. A derrota da Alemanha era praticamente certa e se definiu em 1º de maio de 1945 quando o Exército Vermelho alcançou e rendeu a capital alemã. A rendição total da Alemanha aconteceria dias depois, no dia 8 de maio, mas foi antecedida pelas mortes de Mussolini e sua esposa, que foram caçados e mortos na Itália; e o suicídio de Hitler, acompanhado de sua esposa envenenada.
No Oriente a guerra duraria, ainda, quase três meses. Os EUA avançavam contra o Japão conseguindo vitórias e ocupando o país. Mas, a vitória certa, não impediu que em 6 de agosto de 1945 os norte-americanos lançassem uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroxima e 3 dias depois outra sobre Nagasaki. A rendição japonesa (em 19 de agosto de 1945) se deu depois da demonstração da força arrasadora norte-americana, ameaça que pairaria sobre as mentes mundiais por muito tempo.
Se a Primeira Guerra Mundial deixou uma herança triste para seus contemporâneos, o saldo da Segunda Guerra foi ainda mais devastador: foram mais de 30 milhões de feridos; mais de 50 milhões de mortos (entre civis e militares); a destruição de várias cidades; um gasto material com a guerra superior a um bilhão e trezentos milhões de dólares; e o permanente medo de uma destruição nuclear do mundo.
Por outro lado, pessoal, os acordos de paz que foram assinados entre 1943 e 1945, embora não tenham desencadeado uma nova guerra de proporções mundiais, como as duas anteriores, foram a marca da divisão do mundo em duas frentes: uma socialista liderada pela União Soviética; e outra capitalista, tendo a frente o poderio norte-americano. Os principais tratados assinados foram:
Conferência de Teerã, feita no Irã em novembro de 1943, ou seja, antes do fim da guerra. Nela foram tomadas decisões sobre a interferência das tropas anglo-americanas para a libertação da França, foram também definidas estratégias para a rendição alemã e definição de fronteiras na Europa oriental.
Conferência de Yalta, ocorrida da Criméia (URSS) em fevereiro de 1945, portanto, também anterior ao fim da guerra. Definiu-se a criação da ONU (Organização das Nações Unidas), com características bem diferentes da antiga e ineficiente Liga das Nações. Foi ainda nessa conferência que traçou-se, em linhas gerais, a partilha mundial entre áreas de influência capitalista e socialista.
Conferência de Potsdam, feita em Berlim em agosto de 1945. Por era ficou definida a necessidade de desnazificação e desmilitarização da Alemanha. Este país foi dividido em quatro zonas de ocupação: inglesa, francesa, norte-americana e soviética, sendo que as duas últimas dariam origem a divisão, posterior, da Alemanha em República Federal da Alemanha (sob comando dos EUA) e República Democrática Alemã (sob comando da União Soviética).

            Grande abraço a todos e até a próxima aula!

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